Epistemologia é o ramo da filosofia dedicado ao estudo do princípio e das hipóteses, com a finalidade de se determinar fundamentos lógicos de valor e importância objetiva por meio de pressupostos de implicações filosóficas. O conhecimento epistemológico é fundamentado com união de verdades comprovadas e declarações de verdades.
Falando numa linguagem mais simples, a epistemologia consiste na observação de como os relacionamentos humanos se estabelecem, com base no que se vive e acredita, ou seja, teoria e prática.
Dos conceitos formados a partir de tais observações, uma coisa é certa: cada um deles possui fundamentos que se comprovam por si mesmos. Um exemplo simples: a causalidade defende que um primeiro evento causa um segundo evento, e esse segundo evento só ocorre por causa da existência do primeiro evento. A causalidade ocorre na lógica de que "se não existe o primeiro evento, não existirá o segundo". O que não quer dizer que "se existe o primeiro evento, existirá o segundo evento". O primeiro evento só é a causa do segundo evento quando o primeiro evento é necessário (mas não suficiente) para o segundo evento acontecer. O efeito dominó é um exemplo prático de causalidade: se alguém der um peteleco em uma peça, e essa peça estiver alinhada com outras em fila, todas cairão. E essas todas só cairão porque alguém as alinhou em fila e deu um peteleco. O peteleco foi necessário, mas não suficiente para derrubar todas as peças, elas precisariam estar alinhadas em fila.
Percebem como está tudo amarrado? Como, por mais absurdo que possa parecer, faz sentido? É assim que o universo do romance é; fundamentado numa lógica própria, ainda que busque verossimilhança externa (no nosso mundo real).
Nenhum romance que se preze é isento de um discurso narrativo epistemológico. Independentemente do tipo, da história e do estilo, todos são mundos fechados que funcionam de forma perfeita e fazem afirmações a que foram submetidos.
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